terça-feira, 24 de setembro de 2013

DIÁRIO DE ATIVIDADES X

[aulas de TEATRO DE ANIMAÇÃO EM CAIXAS - professores: Aníbal Pacha e Fernando]
*Projeto de Extensão “Teatro das Coisas – reaproveitamento material e imaterial do mundo”, coordenação: Profº Aníbal Pacha/ ETDUFPA.


Durante duas semanas inteiras eu fiquei às voltas com meu suporte. Estudei as possibilidades visuais do lado de fora dele, que contribuíssem com a dramaturgia da estória e com a composição para minha personagem – sendo esta o segundo elo de ligação entre o publico e o espetáculo apresentado dentro do suporte cênico (pois o primeiro elo de ligação, acredito ser o próprio suporte que já despertará no publico o interesse, abrindo caminho para a ABORDAGEM, IMERSÃO e DESPEDIDA).

Desde o inicio do aprendizado deste método, eu senti muita dificuldade para alcançá-lo, entretanto, graças a minha prática diária de Hatha Yoga acrescida de extensos períodos de meditação; esforço de observação; de mente vazia e disponível para ancorar o processo estudado nas aulas... cheguei às minhas conclusões e fechamento de minha personagem e também do visual fora do meu suporte. Atualmente estou desenhando nele as imagens que ajudarão amarrar a dramaturgia e que também dialogam com minha personagem.

Para aprofundar ainda mais minha compressão sobre o método ensinado pelos professores Aníbal e Fernando, (e também para redigir o relatório pedido por Aníbal) fui à biblioteca da ETDUFPA ler trechos do livro A POSSIBILIDADE DO NOVO NO TEATRO DE ANIMAÇÃO, de  Henrique Sitchin – leitura obrigatória que Aníbal indicou à turma para adentrarmos afundo sobre o processo criativo das IMAGENS DISPARADORAS, termo inicialmente citado por Maurício Kartun. A leitura está sendo agradável, (e como estou achando o livro interessante, acredito que o lerei na íntegra e não apenas trechos pertinentes ao método), mesmo porque fico ouvindo musicas durante a leitura. Isso me ajuda a concentrar e também entrar noutra sintonia mental. Também reforça minha associação de que o momento de leitura/estudo é algo prazeroso (enterrando para sempre meu trauma de infância de quando eu era forçada a ir para escola ler e estudar coisas que não me interessavam...). Minha mente trabalha melhor através de associações de imagens, sentimentos depurados, estímulos de sons, lembranças, movimentos, jogos, etc... flui que é uma beleza!

Além da leitura do livro atualmente, também tentei organizar as anotações do “Caderninho Amarelo de Hellen Katiuscia de Sá”... que é um verdadeiro bacalhau! Há rabiscos; garranchos; desenhinhos nas beiradas das paginas; pedaços de folhas rasgadas dependuradas; papéis amarrotados; recortes outros embutidos. O caderno quase respira com dificuldades... mas em meio ao meu vendavalzinho de possibilidades, eu me encontro e me divirto.

Confesso que à medida que ia lendo as descrições dos exemplos que Henrique Sitchin narrava em seu livro, imediatamente eu atrelava esse processo criativo indutor à criação de roteiros para Stop Motion! Como há dois ou três anos para cá minha mente pensa e vive intensamente Cinema (de animação principalmente!). Achei incrível como as imagens disparadoras (através de associação de duas imagens distintas, formando uma terceira que gera uma tensão dramática através de respostas múltiplas, pode acionar!). Bem que professor Aníbal disse que esse método serve para outros indutores. Acredito que o utilizarei mais para criação de roteiros para Stop Motion e/ou como  possível caminho de Leitura e Desenvolvimento do Olhar, para meus futuros alunos.



Katiuscia de Sá
24 de Setembro de 2013, 14:08h.


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