*Projeto de Extensão “Teatro das Coisas – reaproveitamento material e imaterial do mundo”, coordenação: Profº Aníbal Pacha/ ETDUFPA.
Desde o inicio do aprendizado deste método, eu senti muita
dificuldade para alcançá-lo, entretanto, graças a minha prática diária de Hatha
Yoga acrescida de extensos períodos de meditação; esforço de observação; de
mente vazia e disponível para ancorar o processo estudado nas aulas... cheguei
às minhas conclusões e fechamento de minha personagem e também do visual fora
do meu suporte. Atualmente estou desenhando nele as imagens que ajudarão
amarrar a dramaturgia e que também dialogam com minha personagem.
Para aprofundar ainda mais minha compressão sobre o método
ensinado pelos professores Aníbal e Fernando, (e também para redigir o
relatório pedido por Aníbal) fui à biblioteca da ETDUFPA ler trechos do livro A POSSIBILIDADE DO NOVO NO TEATRO DE
ANIMAÇÃO, de Henrique Sitchin – leitura obrigatória que Aníbal
indicou à turma para adentrarmos afundo sobre o processo criativo das IMAGENS
DISPARADORAS, termo inicialmente citado por Maurício Kartun. A leitura está
sendo agradável, (e como estou achando o livro interessante, acredito que o lerei na íntegra e não apenas trechos pertinentes ao método), mesmo porque fico ouvindo musicas durante a leitura. Isso me
ajuda a concentrar e também entrar noutra sintonia mental. Também reforça minha
associação de que o momento de leitura/estudo é algo prazeroso (enterrando para
sempre meu trauma de infância de quando eu era forçada a ir para escola ler e
estudar coisas que não me interessavam...). Minha mente trabalha melhor através
de associações de imagens, sentimentos depurados, estímulos de sons, lembranças,
movimentos, jogos, etc... flui que é uma beleza!
Além da leitura do livro atualmente, também tentei organizar
as anotações do “Caderninho Amarelo de Hellen Katiuscia de Sá”... que é um verdadeiro
bacalhau! Há rabiscos; garranchos; desenhinhos nas beiradas das paginas; pedaços
de folhas rasgadas dependuradas; papéis amarrotados; recortes outros embutidos.
O caderno quase respira com dificuldades... mas em meio ao meu vendavalzinho de
possibilidades, eu me encontro e me divirto.
Confesso que à medida que ia lendo as descrições dos exemplos
que Henrique Sitchin narrava em seu livro, imediatamente eu atrelava esse
processo criativo indutor à criação de roteiros para Stop Motion! Como há dois
ou três anos para cá minha mente pensa e vive intensamente Cinema (de animação
principalmente!). Achei incrível como as imagens disparadoras (através de associação
de duas imagens distintas, formando uma terceira que gera uma tensão dramática através
de respostas múltiplas, pode acionar!). Bem que professor Aníbal disse que esse
método serve para outros indutores. Acredito que o utilizarei mais para criação
de roteiros para Stop Motion e/ou como possível
caminho de Leitura e Desenvolvimento do Olhar, para meus futuros alunos.
Katiuscia de Sá
24 de Setembro de 2013, 14:08h.