sexta-feira, 13 de setembro de 2013

DIÁRIO DE ATIVIDADES - II

[aulas de TEATRO DE ANIMAÇÃO EM CAIXAS - professores: Aníbal Pacha e Fernando]
*Projeto de Extensão “Teatro das Coisas – reaproveitamento material e imaterial do mundo”, coordenação: Profº Aníbal Pacha/ ETDUFPA.




Atualmente participo de aulas de Teatro de Animação em Caixa, e na ultima aula a turma engatinhou para o subtema que acompanhará o tema principal para a concretização da dramaturgia desenvolvida por cada aluno da turma, essa dramaturgia acontecerá exclusivamente através de associações de imagens e objetos dentro da caixa.

A ultima aula foi bastante árdua! Confesso que essa linguagem está bastante difícil de penetrar. Meu raciocínio compreende o passo-a-passo, mas minha veia sensível (criativa) esbarra no “método”. Sei que minha criatividade flui (muito bem, obrigada...), quando preciso criar algo cujo estopim é simplesmente a inspiração, entretanto, agora ao utilizar um método para guiar essa criatividade, me sinto como se eu enxergasse nitidamente um paraíso à minha frente, porém eu estivesse separada dele por uma parede de vidro. Desde a ultima aula, estou praticando o exercício mental de leitura de imagens diversas no meu dia-dia, conforme indicou o professor.

Hoje voltei logo pra casa, após uma sessão de cinema, justamente para retomar minha pesquisa referente a esta dramaturgia que temos que desenvolvê-la como ‘dever de casa’ para apresentarmos os resultados na próxima aula. Nem me prendi ao filme “AMÉM” (Costa Gravas), que fui assistir ainda pouco. Não consigo me desligar das palavras do professor; essa busca pela compreensão me instiga! E ao mesmo tempo me enche de motivação para desenvolver meu projeto Teatral de Animação em Caixa.

Devo encontrar essa coerência entre o tema central, o subtema e o caminho apontado pelas “imagens disparadoras”. O que me intriga é que eu compreendo o passo-a-passo do método apresentado nas aulas, porém ainda não consigo adequar meu roteiro cênico (estorinha desenvolvida) à dramaturgia necessária. As imagens que preciso dela, ainda não me estão nítidas e por isso não posso avançar para o próximo passo.

Devo mergulhar na essência, sem me perder da linguagem-mãe que me norteia para a construção dos cenários e recursos cênicos que irão dialogar como o publico. Sinto-me um pouco confusa no sentido linguístico nesse momento. Às vezes sinto e penso, mas esse sentir e pensar não encontram caminho para se fazerem entender através da linguagem falada (e o professor mencionou varias vezes que no Teatro de Animação em Caixa o ideal seria a não verbalização como recurso dramatúrgico). Meu cérebro estanca, e eu fico muda. Como se eu devesse tomar uma decisão rápida bem no meio de uma encruzilhada, onde indica quatro idiomas, e eu devesse escolher apenas UM de imediato para eu me fazer compreender...

O que me consola é saber que as demais alunas também se sentem dessa maneira. Percebo que nesse exercício, mais do que nunca, eu preciso estar com meu lado racional e sensível igualados na balança. Até isso minha vida atualmente está em sintonia com o que devo desenvolver pessoalmente. É impressionante como tudo está conectado.

Hoje será uma longa noite de pesquisas e estudos...
Evoé!


Katiuscia de Sá
29 de agosto de 2013, 21:44h.


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