*Projeto de Extensão “Teatro das Coisas – reaproveitamento material e imaterial do mundo”, coordenação: Profº Aníbal Pacha/ ETDUFPA.
Na aula de hoje, (domingo - 15/09) a turma continuou a finalização de seus respectivos suportes e as integrantes também evoluíram para enriquecerem seus personagens externos. Eu ainda flutuo muito nesse aspecto. Hoje sentei com profº Fernando e ele executou algumas induções acerca de minha (suposta) personagem (que eu ainda oscilo, não sei exatamente quem seja); entretanto, as suas induções me auxiliaram a compor meu suporte do lado de fora, que eu compreendo que enquanto eu não o finalizar com suas metáforas visuais, necessariamente eu não encontrarei minha personagem externa.
Hoje levamos nossos suportes para casa, e percebo que o meu
ainda não está finalizado. No meu quarto eu o observo, analiso, estudo algumas
possibilidades imagéticas... para compreender qual metáfora visual ele ainda
necessita para dar ‘passagem’ à minha personagem. E nesse processo eu recorro à
terceira aula quando Aníbal nos falou sobre a linguagem plástica para compor
nossas caixas. Analisando meu suporte em casa, talvez eu tenha encontrado algo
para ajudar no desenvolvimento da composição visual dramatúrgica, e por consequência
ajudar dar ‘passagem’ à minha personagem. Mas tudo ainda é experimentação,
tentativas. Continuarei explorando meus estudos sobre esse ponto.
Não estou tão em crise quanto estava na aula passada. Sinto-me
em paz, em harmonia, devido minhas horas de meditação e Hatha Yoga; e acredito
que por isso mesmo esse método criativo de Teatro de Animação em Caixas está
sendo assimilado com outra velocidade e intensidade. O intrigante é perceber
que começo a adoecer... isso sempre acontece quando estou às voltas com
atividades ligadas ao Teatro, minha garganta sempre inflama (às vezes até perco
a voz; e isso é um dado que reforça minha preferencia ao exercício do Teatro
Físico... pois normalmente não requer o uso da voz). Essa curiosidade deve está
ligada ao fato de eu ter que superar sempre minha timidez para executar minhas
atividades teatrais de contato direto com o publico, e isso afeta
em cheio meu Chacra Laríngeo; é minha reação somática ao ter que lidar com
minhas tensões para trabalhar essas energias. Já evolui bastante, não sinto
mais medo do palco (como no inicio, há oito anos atrás), não fico nervosa, até me
divirto bastante e curto entrar em estado de ‘jogo’, e me proponho estar sempre ‘disponível’
para esses processos. Eu enveredei pelo teatro justamente com esta finalidade:
superar minha timidez e desenvolver minhas capacidades comunicativas e de
interatividade. O Teatro é um incrível portal consciente para o
autoconhecimento.
Nossas próximas aulas serão na rua, com o contato direto com
o publico. A meu turno continuo investigando meu suporte, tento escutá-lo para
alcançar qual metáfora visual ainda está faltando para a ligação dramatúrgica e
para ancorar minha personagem.
Katiuscia de Sá
16 de setembro de 2013, 00:48h.
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